Oito partidos em torno de Lanius

Publicado em 22/11/2011

Lajeado - Convidados pelo PMDB, partidos como o PPS, PSD, PV, DEM, PTB, PCdoB e PSDB reuniram-se ontem, na Câmara de Vereadores, para trabalhar na pré-candidatura de Ito Lanius (PMDB) a prefeito no ano que vem, junto com o pré-candidato a vice, Daniel Fontana (PCdoB). “A população pede mudança”, afirmou o presidente do PMDB, Celso Cervi, que conclamou todos os presentes a acreditar no trabalho e na construção que está sendo feita com o objetivo de vencer o pleito.
Ele afirmou ser favorável à união de toda a oposição e, em relação ao PT, que não participou, afirmou que no momento seu partido e demais aliados não podem simplesmente aceitar uma posição de vice. As negociações, conforme Cervi, devem ser retomadas em abril. “Não vamos fechar nenhuma possibilidade, mas temos que fortalecer nossa candidatura”, explica, considerando justa a pretensão do deputado Luis Fernando Schmidt, que deseja a cabeça da chapa.
“Hoje somos a terceira via, mas vamos continuar conversando”, adiantou Cervi. O grupo, segundo ele, está mantendo tratativas também como o PDT, PPL e PSC.
Presidentes das demais siglas presentes fortalecem o projeto capitaneado pelo PMDB. O líder do PTB, Antônio Schefer, ainda acredita na adesão dos petistas e justifica seu apoio à aliança que se forma. Para ele, Lajeado quer uma terceira via, representada por esse grupo. “Nunca houve uma união tão grande”, afirmou. Paulo Roberto Dellazen, do PPS, é enfático. Segundo ele, o partido está “fechado total” com o bloco, motivado pelas mudanças que a população quer. A mesma posição é externada pelo presidente do PSDB, Marcos Kopp. A sigla, que deixou o governo municipal, defende a alternância no poder e a construção de um projeto para o município. “Não é somente o interesse pessoal e partidário”, acrescenta. Vítor Hugo Gerhardt, do recém-criado PSD, justifica a adesão. “Nascemos com uma bandeira muito clara: renovação.”
Sigla que também fez parte do atual governo, o PV se soma ao grupo. Conforme o presidente André Kielling, foi o próprio PP que levou os “verdes” para a oposição, a qual hoje discute questões como o meio ambiente e planejamento urbano, defendidas pelo partido. “Agora somos vistos, lembrados e ouvidos”, diz. Também fundado recentemente na cidade, o PCdoB passa a integrar a equipe. Ideologicamente mais afinado com o PT, diz que questões internas do partido inviabilizaram uma possível aliança para 2012, por isso a opção pelo bloco.

Paulo Ricardo Schneider
paulo@informativo.com.br

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